domingo, 19 de outubro de 2008

Isabel, novamente

Pausa para lamentação 1


Admito que eu sinto falta da Isabel. Eu sinto falta do sexo. De ver aquela mulher, que se mostrava tão forte, se submetendo carinhosamente aos meus pedidos e olhando pra mim como se eu fosse seu Deus. Do momento em que o orgasmo é o único desejo e a agonia da espera e a precipitação arranham as costas. Eu sinto falta de ver o sorriso sincero da alma cheia, completa. Do prazer correspondido. E do fim. E eu esperaria na soleira da porta dela o tempo que fosse necessário. Sussurrando o nome dela por toda a eternidade. Isabel Isabel Isabel Isabel. Isabel. Ainda sinto o corpo dela. Meu pau ainda a sente. Meus olhos ainda a vêem. Mas eu não teria forças para romper novamente as barras. Isabel é como um vício, eu nunca vou deixar de lembrar, eu nunca vou deixar de ser viciado, mas eu consigo me controlar agora. Porque eu sei que eu ia acabar morrendo ali. E eu não queria morrer ali.

Um comentário:

Eterna Transitória disse...

eu acho esse trecho de Isabel o melhor de todos...

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