Eu sou seu
plano B.
Sua saída
de emergência.
Sua redundância
de segurança.
Seu colete
a prova de balas.
Sua água
entre os drinks.
Seu
complemento vitamínico.
Seu seguro
de vida, de carro, da casa.
Eu sou tudo
aquilo que você espera nunca precisar usar.
Mas quem
sou eu para reclamar? O cara que fez os planos, o cara que desenhou as rotas de
fuga.
Largado no
chão, esquecido como um extintor de incêndio. Mas até eles precisam de manutenção,
garota.
Um dia, uma
luz que você não sabe para o que serve vai acender no painel do seu carro. Você
vai chegar até onde você tem que ir, afinal, quem se importa com essas luzinhas?
Mas vai ficar na sua cabeça.
Um dia, sua
gaveta de remédios vai estar com o analgésico com a data de validade expirada.
Nada que
você não possa resolver, no fundo.
Minha ausência
não vai ser nada que você não possa resolver.
É natural
para uma ausência, não é? Não ser nada?
É.
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