Vejam bem, para não parecer que eu sou só mais um babaca depressivo, e eu não sou, eu queria contar algumas historias nesse meio tempo entre meus desabafos e minha libertação. Até porque eu acho que vai ficar meio chato essa coisa de ódio, dor, amor, vingança e desejos reprimidos o tempo todo. Até pra mim. Agora que eu sou um novo homem eu não quero ficar fuçando tanto assim só nas merdas do passado. Então eu vou contar algumas outras historias, que não são minhas, mas que merecem ser contadas. Eu tenho alguns amigos. Não muitos, alguns. Diversos conhecidos, mas só alguns amigos. Pouquíssimos da infância, alguns poucos da adolescência, e mais alguns da faculdade. Depois disso a coisa meio que virou trabalho-casa-trabalho e o coleguismo tomou conta. Grandes colegas, sem dúvida, mas colegas. Mas o que importa é que eu tenho uns quatro amigos que eu acho que eu poderia chamar de “meus melhores amigos”, por mais infantil que essa denominação soe. O Tomás, o Pedro, Tobias e Rafael. Eles se conheceram através de apresentações minhas e daí a amizade entre eles tomou vida própria, como tinha de ser. O Tomás eu conheci ainda moleque, estudamos juntos no colégio. Continuamos amigos durante a faculdade e mesmo depois que ele ficou, colocando do jeito dele, “cansado das amarras formais que a sociedade impõe a uma vida que não pertence a ela”. Ele continua sendo um bom sujeito, mas não é o tipo de pessoa pra quem você pede conselhos sobre trabalho e coisas assim. O Pedro fez faculdade comigo e com o Chef. E, ao contrario de nós dois, ele realmente seguiu com economia. Mercado financeiro e tudo mais. Eu particularmente nunca tive saco pra isso, mas ele tem. E muito. O Tobias e o Rafael são exceções no que diz respeito a eu ser o elo de tudo. Eles se conheciam antes, até porque são irmãos, mas eu conheci os dois separadamente, antes de saber que eles eram irmãos. O Rafael é o mais velho, e eu o conheci através de uma menina que eu namorei. Ele fazia faculdade com ela. O namoro durou pouco mas, como nós tínhamos outras afinidades fora o sexo, continuamos a nos encontrar e ele ia junto em algumas das vezes. Com o tempo, a menina começou a namorar outro cara e a situação ficou meio estranha e ela se afastou de mim. O Rafael não. Nessa altura eu já tinha conhecido o Tobias. Ele tocava na banda de um conhecido meu, e eu conheci ele num dos ensaios ao qual meu amigo me convidou. Admito que nós só ficamos realmente amigos depois que eu descobri num dos shows deles que o Rafael era irmão dele. Esse meu amigo que era da banda do Tobias tinha me chamado pra ir num show deles num buraco qualquer e, como eu não tinha nada melhor pra fazer mesmo, eu fui. Não sem antes chamar minha ex-namorada e o Tomás. Chegando lá eu, naturalmente, não fiquei nada surpreso ao ver o Rafael, já que ele e minha ex viviam grudados. Na verdade foi só depois que o show acabou que eu fui informado, dessa vez realmente surpreso, que o baterista da banda punk do meu amigo era irmão do amigo da minha ex-namorada. Complexo, não? Mas no fim ficamos bastante amigos, graças ao rock, à cerveja e algumas outras coincidências. Pararei por aqui, por enquanto. Depois eu falo mais dessas historias.
PS: Isabel, ainda.
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