Duas cervejas abertas. Mais 700 ml adicionados à vontade de
transar. A música atiça o sexo como uma criança na frente de uma fogueira de
São João. Ela senta em cima do balcão. As pernas levemente abertas. A saia delimitando
as coxas que constroem o caminho. Ele avança e é recepcionado sendo envolto
pelas pernas. As bocas se encontram. O gosto de cerveja e cigarro importaria para
pessoas que nunca abandonam seus nojinhos. As bocas se apertam como dois amigos
que não se veem há muito tempo. Os seios dela pressionados contra o peito dele
fazem ele puxar a cintura dela para mais perto. As mãos seguram quase com medo
de deixar escapar. A nuca, a cintura, a bunda. Unhas arranham e roupas são
tiradas às pressas. Não existe pressa de terminar, apenas pressa de acabar com
interrupções.
Ele se ajoelha. Uma posição condizente com o sentimento de
adoração do momento. Sua língua percorreu a buceta antes de se afogar na
respiração dela ficando mais forte. O coração forte no peito bombeando suor
para fora do corpo. Ela agarra o cabelo dele. Ele sente o calor do movimento das
pernas dela. Ela puxa ele para cima e para dentro dela. Eles se beijam por todo
o tempo que a respiração ofegante e os gemidos permitem. O cheiro de noite
entra para se juntar ao cheiro de sexo da sala. Os perfumes ficam mais fortes
graças ao suor. Ela empurra ele, desce do balcão e segue o olhar dele para o
quarto. Para no meio do caminho e estica o braço: a cerveja vai junto.
Com um empurrão ele está deitado na cama. Ela sobe, na cama,
nele. Cavalga enquanto bebe a cerveja. Geme enquanto dá a cerveja na boca dele.
Ele faz menção de se levantar apenas para ser empurrado de volta para a cama. É
o show dela. Do jeito que ela quer. O ritmo acelera devagar. Álcool e orgasmo se misturam na agonia da
pequena morte. Ela olha para ele e sorri logo antes de desabar na cama.
-Estraga o clima se eu perguntar seu nome?
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