quarta-feira, 19 de junho de 2013

5h

Duas cervejas abertas. Mais 700 ml adicionados à vontade de transar. A música atiça o sexo como uma criança na frente de uma fogueira de São João. Ela senta em cima do balcão. As pernas levemente abertas. A saia delimitando as coxas que constroem o caminho. Ele avança e é recepcionado sendo envolto pelas pernas. As bocas se encontram. O gosto de cerveja e cigarro importaria para pessoas que nunca abandonam seus nojinhos. As bocas se apertam como dois amigos que não se veem há muito tempo. Os seios dela pressionados contra o peito dele fazem ele puxar a cintura dela para mais perto. As mãos seguram quase com medo de deixar escapar. A nuca, a cintura, a bunda. Unhas arranham e roupas são tiradas às pressas. Não existe pressa de terminar, apenas pressa de acabar com interrupções.

Ele se ajoelha. Uma posição condizente com o sentimento de adoração do momento. Sua língua percorreu a buceta antes de se afogar na respiração dela ficando mais forte. O coração forte no peito bombeando suor para fora do corpo. Ela agarra o cabelo dele. Ele sente o calor do movimento das pernas dela. Ela puxa ele para cima e para dentro dela. Eles se beijam por todo o tempo que a respiração ofegante e os gemidos permitem. O cheiro de noite entra para se juntar ao cheiro de sexo da sala. Os perfumes ficam mais fortes graças ao suor. Ela empurra ele, desce do balcão e segue o olhar dele para o quarto. Para no meio do caminho e estica o braço: a cerveja vai junto.

Com um empurrão ele está deitado na cama. Ela sobe, na cama, nele. Cavalga enquanto bebe a cerveja. Geme enquanto dá a cerveja na boca dele. Ele faz menção de se levantar apenas para ser empurrado de volta para a cama. É o show dela. Do jeito que ela quer. O ritmo acelera devagar. Álcool e orgasmo se misturam na agonia da pequena morte. Ela olha para ele e sorri logo antes de desabar na cama.


-Estraga o clima se eu perguntar seu nome?

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