Vem cá. Porra, para de se debater. A única coisa que você vai conseguir com isso é me encher o saco. E você não quer me ver bravo.
Babaca, frase pronta de merda. Viu isso num filme do Stallone, foi? Mordaça do caralho. Eu nunca vi ninguém usar silvertape pra nada fora prender a mão de alguém. Pra que serve essa porra? Eu devia processar esses babacas.
Olha aqui, playboy. Eu vou dar uma saída. Você vai fica ai quietinho, tá entendido? Poupe o esforço. Já volto.
Saída. Vou dar uma saída. O cara me sequestra e vai dar uma saída. Idiota. Que tipo de pessoa deixa o cara sozinho. O cara fez tudo sozinho até agora, talvez não tenha mais ninguém mesmo. Incompetente ele aparentemente não é. Se fosse eu não estaria aqui. Ah, chegou o parceiro. Sabia que ele não tava nessa sozinho. Arma com silenciador. Expressão fria. Não tá nervoso como o outro. Não se veste como um marginal.
Senhor Emílio Ferraz. Eu fui contratado para matar o senhor. O cara que acabou de sair foi contratado por mim para sequestrar o senhor. Ele é um incompetente. Digo isso por ter sido exatamente esse o motivo da contratação do mesmo. Pelo que eu pude contar, ele foi visto mais de dez vezes durante o processo de te sequestrar. Enquanto falamos, a polícia já deve estar com um retrato falado dele. Que fique bem claro, dele, não meu. Eu costumo ser mais conciso, mas é que dessa vez o plano foi tão bom. Bem, agora eu sei como se sentem aqueles inimigos do 007. Senhor Emílio, eu vou resolver meus assuntos com o incompetente antes, imagino que seja justo te dar um tempo pra rezar, caso o senhor seja religioso. E acredite, eu não sou o tipo de cara que faz isso. Fábio, vem aqui. Ele, eu vou matar de graça. Só porque ele merece. É a primeira vez dele com esse tipo de coisa.
Por 15 segundos tudo ficou em silêncio. Emílio viu seu futuro executor se postar ao lado da porta. Fábio entrou e recebeu, incrédulo a ordem de desamarrar Emílio. Concordou com um aceno de cabeça e deu as costas para o homem da porta. Emílio só conseguiu ver Fábio caminhando em sua direção até que, quase antes de ouvir o barulho abafado, ele viu um buraco se abrir na frente da cabeça do Fábio. Sujo de sangue, Emílio rezava para o deus que ele nunca acreditara. Viu um sorriso na boca do homem que caminhava na sua direção. “Não ache que eu me importo, nem que eu de fato goste disso. Eu faço pra me manter vivo. Adeus.”
domingo, 7 de setembro de 2008
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Um comentário:
Sensacional!
curto e objetivo, to precisando urgente de um pouco dessa sua concisão! :D
asdasiuha
abraço
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